Efigênia Guimarães Pena Balbino da Silva está em uma cela separada no presídio, em Uberlândia, como afirma o diretor geral, coronel Adanil Firmino da Silva. “Em razão da natureza do crime que ela cometeu ela não é aceita pelos demais presos da unidade. Além da requisição do Ministério Público, o procedimento é praxe aqui da unidade, já que eu tenho a custódia, eu tenho que manter a integridade física e mental destas pessoas", explica.Ela foi transferida da delegacia nessa quinta-feira (7), por volta das 15h. Na chegada à unidade prisional houve um princípio de tumulto no pavilhão das detentas. "As presas já sabiam que ela estava chegando, então elas começaram a gritar que não queriam que ela fosse para lá. Mas foi imediatamente contido", comenta o diretor geral.
Ainda na manhã de hoje, Efigênia passaria por exames e entrevistas com profissionais do presídio. "Ela deve passar por psicólogo, analista técnico jurídico que é o advogado e depois pela assistente social. Um médico também vai ver toda a parte de saúde dela", disse o coronel.
O caso
Efigênia foi indiciada por participação no homicídio e ocultação do cadáver da adolescente Dienifer Aparecida dos Santos, de 12 anos. Na tarde dessa quinta-feira a polícia encontrou o restante do corpo da menina no Aterro Sanitário de Uberlândia, que continua no Instituto Médico Legal (IML) para análise da perícia. As outras partes estavam em sacos plásticos em um bueiro no Parque do Sabiá e na lixeira do estacionamento da rodoviária onde o sistema de câmeras flagrou Efigênia depositando o material na segunda-feira (4). A Polícia trabalha com duas linhas de investigação, como explica a delegada da Infância e Juventude, Lia Valecchi. “Trabalhamos com a possibilidade de um ritual de magia negra ou da morte estar ligada ao sequestro da criança”, comenta.
Dienifer brincava com o sobrinho de seis meses na porta de casa quando desapareceu no sábado (2). Efigenia é suspeita de ter levado o menino de seis meses para conhecer a família.
Ainda estão previstos novos depoimentos para esta sexta-feira. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, conforme o avanço das investigações, se for preciso, Efigênia poderá ser levada à delegacia para um novo depoimento. A Polícia Militar também está dando assistência à família da vítima, inclusive com a presença de psicólogos.
