prefeito de Fronteira Sérgio Cóxa e o vice prefeito Narciso Marcelino de Oliveira foram inocentados em duas ações eleitorais que tramitavam na comarca de Frutal. A primeira dela foi proposta pelo promotor eleitoral Vinícius de Souza Chaves, que acusa Sérgio de compra de votos. Na época, o promotor Vinícius teve acesso a um material de foto, vídeo e áudio que aparece um posto de combustíveis no município que estaria abastecendo diversos veículos ligados à campanha eleitoral do então prefeito e candidato à reeleição Sérgio Cóxa. Consta no processo 75 autorizações para abastecimento com a logomarca da prefeitura impressa em todas e assinada pelo chefe de divisão de transportes. Segundo a acusação, com as autorizações, os candidatos, cabos eleitorais e pessoas em geral compareceram no posto e abasteceram os seus veículos particulares nas contas da prefeitura. Na ação o promotor pede que Sérgio e seu vice Narciso sejam multados e percam o mandato.
A defesa alegou que nunca houve distribuição de combustível para as pessoas ligadas à campanha de Sérgio e que as autorizações emitidas eram para aqueles que utilizavam os veículos particulares nos afazeres do trabalho público.
Na ação de abuso de poder econômico apresentada pela coligação "Fronteira de Portas Abertas" dos candidatos ao executivo de Fronteira, Aparecida Passuelo e Mauro Capristo, pedem a impugnação de Sérgio também pelo abastecimento de carros particulares ligados à campanha e pagos pela prefeitura. A ação foi uma cópia da feita pelo promotor porém com uma outra origem, abuso de poder político, administrativo e econômico. Essas práticas seriam determinantes na vitória de Sérgio, provocando assim uma desigualdade na disputa das eleições.
Na sentença, o juiz eleitoral José Roberto Poiani afirma que as provas contidas no processo não são suficientes para a impugnação de Cóxa por compra de votos ou por abuso de poder econômico. Na argumentação o juiz fala que não foi qualificado o nome de nenhum eleitor beneficiado e que votou em Sérgio. Sendo assim o juiz julgou improcedente as duas ações apresentadas tanto pelo Ministério Público quanto pela coligação "Fronteira de Portas Abertas".
A reportagem do Raio-X falou na tarde de ontem com o prefeito Sérgio Cóxa e ele disse que já tinha conhecimento da decisão judicial, porém iria se manifestar somente na segunda-feira. Também entramos em contato com o advogado dele, Arnaldo Pereira Junior e ele preferiu se manifestar após a decisão da justiça em uma outra ação que tramita na justiça contra Sérgio.
Na tarde de ontem o repórter Antonio Araujo falou com o promotor de justiça Vinícius e ele disse que irá recorrer da sentença, mas preferiu não gravar entrevistas.
Segundo informações, o outro processo que aguarda decisão da justiça se deu em fato de Cóxa durante a campanha ter movimentado a conta somente do diretório da coligação e não movimentou a conta aberta em seu nome. Segundo o representante, Sérgio teria comprado santinhos com o cnpj dele, mas não teria dado entrada, ou prestado contas sobre essa compra. A sentença desse processo deve sair na próxima semana.
