11 de maio de 2010

HÉLIO COSTA ATACA GOVERNO AÉCIO NEVES


Pré-candidato do PMDB ao Palácio Tiradentes, o senador Hélio Costa assumiu nesta segunda-feira (10) discurso de oposição ao Governo estadual, em reunião na sede de seu partido, com a presença de cerca de 100 lideranças da legenda, de diversas partes do Estado.


Costa criticou a política social da atual gestão estadual, segundo ele, inexistente. Também atacou a política econômica do governo tucano, alegando que dados referentes ao ‘choque de gestão’ (programa de ajuste das contas) foram “maquiados”. Ele ainda apontou que Minas estaria aplicando percentual insuficiente de sua receita na Saúde.


O pré-candidato apontou que, em 2002, a receita do Estado era de R$ 12 bilhões. “Hoje, a receita é de R$ 29 bilhões, aumento de 172%. Ainda assim, continuamos em 12º lugar em renda per capita no país. Que revolução é essa que fizeram com nosso Estado que nos deixa nesta posição, nesta fragilidade econômica? Como pode? A dívida do Estado era de R$ 32 bilhões e, hoje, é de R$ 55 bilhões? Sabe por quê? Porque não se paga um tostão desta dívida. É mais fácil jogar para debaixo do pano, para alguém pagar na frente. Aí, sim, você mostra os números maquiados do ‘choque de gestão’, atacou o senador, emendando que informações para desconstruir a gestão econômica do PSDB em Minas serão divulgadas no site do PMDB mineiro.


Entre os argumentos apresentados, Costa citou um documento elaborado pelo professor da Unicamp, Fabricio Oliveira, PhD em Economia. “Este documento mostra a maneira como se tentou absorver os progressos econômicos feitos nos últimos anos, pelo Governo federal, e que refletiram em todas as economias estaduais, inclusive Minas Gerais, e que, de repente, parece que só aqui houve uma grande expansão. A expansão que ocorreu na economia em Minas ocorreu em razão de eventos nacionais, não foi necessariamente em razão de eventos mineiros”, afirmou Hélio Costa.


O senador disse que os tucanos têm medo da derrota, já que a Cemig, em 2010, tem previsão de investimentos de R$ 3 bilhões e, para 2011, R$ 850 mil. “Onde é que está a justificativa disso?” O ex-ministro lembrou que o governo Lula só conseguiu aprovar projetos no Congresso Nacional com a ajuda do PMDB.


A assessoria de Imprensa do Governo mineiro contestou as afirmações de Hélio Costa. Informou que o Tribunal de Contas do Estado vem aprovando as contas do Governo desde 2003 e que o Estado triplicou o volume de recursos aplicados na saúde. De 2003 a 2009, informou a assessoria, o volume de investimentos subiu de R$ 1,1 bilhão para R$ 3,3 bilhões, sendo, o aplicado na saúde, em 2009, 15,4% da receita.

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