9 de agosto de 2009

PROTESTO CONTRA O GOVERNO AÉCIO...


O ato de protesto contra o governo mineiro promovido pelo Sindifisco deixou à mostra as vísceras da administração Aécio Neves. Matias Bakir, presidente da instituição, revelou que “o choque de gestão é um engodo” e que a situação econômica de Minas “é crítica”. O movimento contou com o apoio de diversas entidades.

Uma fonte que prefere manter seu nome no anonimato disse que o governo esconde que “o trecho do Centro Administrativo, na parte administrada pela Construtora Andrade Gutierrez, “está com um afundamento de 12 centímetros, o que denuncia problemas de fundação. Isto poderá ser o Salão da Gameleira do atual governador. A estrutura corre risco de desabar.”

Na sequência dos discursos de protesto, Wander da Costa, do Sindojus, que agrega oficiais de justiça de Minas, citando matéria publicada por um jornal paulista, informou que a entidade vai requerer oficialment e ao Ministério Público de Minas Gerais “a apuração de atos secretos pelo Tribunal de Justiça. Se é algo legal - disse - não precisa ser nada escondido”. Junto a esta providência, a mesma entidade solicitará do MP “que investigue a gestão do antigo presidente da TJ, desembargador Orlando Adão.”

Revoltados, os auditores e agentes fiscais do Sindifisco comentaram que o Tesouro mineiro “está com uma defasagem de 45 bilhões e que o governador ainda tenta viabilizar um empréstimo de um bilhão para terminar a construção do Centro Administrativo, ignorando perigos também de ordem financeira”. Matias Bakir, ao discursar, frisou que de outubro do ano passado até hoje a arrecadação mineira sofreu uma queda de R$ 2 bilhões. “Não existem programas sociais e o nível de arrecadação abaixou muito, por falta de apoio e infra-estrutura. Só o Centro Administrativo já custa um bilhão e meio”.

O presidente da Associação dos Jo rnalistas do Serviço Público de Minas Gerais (Ajosp), Cláudio Vilaça, revelou que a sua entidade, junto com outras interessadas, vai protocolar junto ao Ipsemg um documento requerendo informações a respeito do montante do Fumpemg e onde o mesmo está depositado, pois é grande a inquietação entre os servidores públicos após a divulgação pelo Novojornal de que o Hospital da Previdência pode ser privatizado e que o fundo está descapitalizado, de acordo com denúncias do presidente da Ascon-Ipsemg, Moisés Melo.

Cláudio criticou ainda a ausência da mídia, informando que os sindicatos criarão um portal “para substituir o silêncio da imprensa, sem oportunidade de censura para a senhora Andrea Neves e que o movimento é apenas o início de uma série de protestos a revelar a insatisfação popular, como os que antecederam no fim do governo Eduardo Azeredo”.

Todos os oradores foram unânimes em condenar a presença do secretário da Faze nda, Simão Cirineu, à frente desta Pasta, com acusações de que “ele está sob suspeita da prática de irregularidades e é investigado pela Polícia Federal”.

Segundo os oradores, Cirineu, junto com o governador Aécio Neves, também trabalha pelo “desmonte do Estado”.

Outro integrante do movimento, Denílson Martins, do Sindpol-MG, lamentou “o descaso do governo Aécio Neves para com a segurança pública, “principalmente para com a Polícia Civil”, anunciando que esta instituição, junto com a Polícia Militar de Minas Gerais, já está trabalhando outra greve para reivindicar melhorias salariais”.

Pouco antes do encerramento do ato de protesto realizado em frente a sede da Secretaria de Fazenda, na esquina da Rua da Bahia com Cláudio Manoel, próximo à Praça da Liberdade, sede do governo mineiro, Gladysson Arantes, presidente do Grêmio do Instituto Central e da Associação Mineira de Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte, acusou o governo de Aécio Neves de descaso para com a educação, afirmando: “Em Minas Gerais existem mais jovens nas prisões do que nas escolas e esta situação precisa ser revertida”.

Os organizadores do movimento anunciaram confirmando o que foi dito por Cláudio Vilaça, uma série de outros eventos similares. Inclusive como disse o presidente da Ajosp, a impressão de panfletos que serão distribuídos em todo o interior do Estado de Minas Gerais.

Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.

FONTE:novojornal. com

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